domingo, 12 de setembro de 2010

Refletindo a caminhada.

11 de Setembro. Ouviu-se um Clamor!

“Assim diz o Senhor: Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável por causa deles, porque já não existem” (Jr 31:15)
Revda. Márcia Coelho (¬)

O trágico acontecimento dos atentados terroristas do dia 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos da América do Norte desencadearam uma onda de novos fatos e, até hoje, ainda provocam ações e reações no mundo inteiro.

Cada cidadão, seja norte americano ou não, tem uma opinião, uma crítica, uma indignação, medo... Ninguém ficou alheio ao que aconteceu naquele dia. Planos foram adiados, e até mudados, há mais exigências a serem cumpridas na liberação de visto no Consulado Norte Americano. Há tristeza e comoção pela passagem dessa data. Não tem como não lembrar! Tudo foi assustador demais. Uma nação que foi ninada no colo da Reforma Protestante; que passou a ser vista como uma "Grande Potência Mundial". Temida, respeitada, admirada por muitos e odiada por outros tantos.

Uma nação professamente cristã, que como outras (Israel, Alemanha,...) se contaminou com o "paganismo, mundanismo, secularismo e liberalismo" (e tantos outros ismos), desviando-se assim do propósito de como "Povo de Deus", ser um referencial para os outros povos. De temida e vitoriosa, passou a atacada e em crise. O paradigma já não agrada como antes.

"Feliz a nação cujo Deus é o Senhor", diz o salmista. Mas já não nos importamos tanto com o que está escrito na Palavra de Deus. As muitas literaturas existentes contribuem para a formação do ideal social, e elas nem sempre se basearam nos ensinamentos bíblicos.

Lembro com saudades do tempo em que se jurava nos tribunais com a mão direita sobre a Bíblia e se elaboravam as leis a partir do princípio bíblico. Hoje, vota-se leis contrárias aos Escritos Sagrados e exigem que os símbolos cristãos sejam retirados das repartições e órgãos públicos, pois alguns se sentem ofendidos por eles.

A idolatria ainda é o grande leviatã. Nos desviamos do Senhor para seguirmos os ídolos: pessoas, coisas, posições, demônios e até nós mesmos. Os bezerros de ouro ainda são comuns!

No texto em destaque o Senhor “diz” que o clamor no meio do seu povo foi ouvido, e Ele reconhece quem chora e o seu motivo. Muitas "Raquel" choraram há nove anos atrás, outras continuam chorando a morte de "seus filhos", não só lá nos Estados Unidos. Há um clamor que é ouvido pelo nosso Deus. Ele é o mesmo hoje e o será sempre (Is 48:12).

No versículo seguinte do texto em epígrafe, há ainda uma promessa para os que esperam no SENHOR: "Reprime a tua voz de choro e as lágrimas dos teus olhos, porque há recompensa para as tuas obras, pois os teus filhos voltarão da terra do inimigo, diz o Senhor" (Jr 31:16).

Precisamos levantar um clamor, chorar aos pés do Senhor, nos arrependermos dos nossos maus caminhos e buscarmos incessantemente a sua presença. Dizer: “Ouve-nos, Senhor, socorre-nos, pois não temos outro bem além de Ti e não há outra Rocha como o nosso Deus”.

Que passemos além desse vale e avancemos abençoados pelo nosso Pai Santo e Poderoso. Que não fiquemos olhando para trás como quem aguarda a vingança. Mas, olhemos para frente como quem espera a Providência Divina.

"Orem pela paz de Jerusalém!". Por todo Israel de Deus!

E que o Senhor nos abençoe e nos guarde, resplandeça sua face sobre nós e tenha misericórdia de nós. Que o Senhor sobre nós levante o rosto e nos dê a paz. Amém.

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